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domingo, 21 de junho de 2015

Um dia - David Nicholls


Assisti o filme antes de ler o livro, amei ambos!! Um romance delicioso daqueles que você quer ler de um fôlego só. A estória de Emma e Dexter é eterna, mesmo separados fisicamente estão juntos nos pensamentos. De 1988, quando tudo começa, até 2007, quando o livro acaba, eles continuaram sendo "Em e Dex" "Dex e Em".

Tudo começa em 1998, na festa de formatura na universidade, quando eles se encontram, ficam um dia juntos, 15 de julho de 1988, e depois todo o enredo é desenrolado sempre nesta data em anos diferentes. 

Eles seguem caminhos diferentes, até mesmo do que sonharam, mas nunca perdem contato, apegam-se a um sentimento que eles chamam amizade, mas que os vinte anos transcorridos desvendam-lhes como amor.

Há comédias, lágrimas, brigas, indecisões, mas sempre Em e Dex, uma relação extraordinária.

Leitura mais do que recomendada!! "Tudo começa aqui, hoje. E logo depois termina."


NICHOLLS, David. Um dia. Tradução de Claudio Carina. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2012. 319p.

Agora é com você: Ler ou não ler, eis a questão!




Vintém de cobre - Cora Coralina



Há muito tempo desejava ler um livro de Cora Coralina, influenciada pelas frases que encontro como sendo de sua autoria, que nesse tempo de internet, não se pode fidelizar se todas realmente são.

O texto para mim foi uma grande decepção. Fico chateada por não ter gostado, depois de tanta espera. Não mexeu comigo, foi difícil concluir a leitura pois não havia o interesse de retomá-la, enfim...


As memórias de Aninha, que é o nome verdadeiro de Cora Coralina, são relatadas em versos, ou como a autora prefere chamar, suas meias-confissões, cheias de estórias passadas na Fazenda Paraíso, e as avalia como vintém de cobre, que era a moeda mais desvalorizada na época, daí o título do livro.

Duas frases do livro:

"O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim, terás o que colher."

"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."


CORALINA, Cora. Vintém de cobre. 2. ed. Goiânia: Editora da Universidade Federal de Goiás, 1984. 211p.

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terça-feira, 26 de maio de 2015

Ler, viver e amar - Jennifer Kaufman e Karen Mack


Dora é uma mulher divorciada pela segunda vez e tem o hábito de realizar "porres literários" quando se deprime. São dias e dias dentro de uma banheira, tomando vinho e uma pilha de livros para ler. Após a morte do pai, o mundo de Dora desmorona, incluindo o término do segundo casamento e a perda do emprego, ela é jornalista e muito bem sucedida, mas com uma autoestima baixíssima.
O livro pinça detalhes da infância dela, com uma mãe alcoólatra e sempre promovendo visitas à casas de escritores, suas férias eram sempre assim.
Dora entrelaça sua vida com textos de vários autores, sim, ela lê de tudo, embora sua preferência seja romance. 
Esperei mais do texto, fiquei com um sentimento que acabou incompleto, o final do livro é meio corrido, tive a sensação de estar assistindo um programa de TV que está com os minutos contados e tem de acelerar para dar tempo. Mas é uma leitura interessante.

KAUFMAN, Jennifer; MACK, Karen. Ler, viver e amar. Tradução de Rogéria Pereira da Silva. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2011. 317p.

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Dewey: um gato entre livros - Vicki Myron


Definitivamente gato não é o animal que mais gosto, na realidade não gosto, então por que comecei a ler este livro? Talvez pelo ambiente central do enredo ser uma biblioteca, acho que aqui acaba o motivo.
Mas eu não imaginei que o livro fosse tão chato. A autora discorre sobre a presença de Dewey ma biblioteca, mas gasta muitas páginas com relatos sobre a cidade onde mora, detalhando o tamanho da cidade, a distância para outras cidades etc., etc., etc.
Se tornou uma leitura cansativa, embora algumas passagens sejam bem animadas, todas relacionadas a presença do gato e como ajudou na revitalização da biblioteca. Eu, particularmente, não me imagino em um  ambiente com um gato, então...
O nome do gato é em homenagem a Melvin Dewey, criador de um código de classificação utilizado até hoje, ideia de bibliotecária.

MYRON, Vicki. Dewey: um gato entre livros. Tradução Helena Londres. São Paulo: Globo, 2008. 266p.



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A bibliotecária - Logan Belle




A jovem bibliotecária Regina Finch acaba de chegar em Manhattan para realizar um sonho, trabalhar na Biblioteca Pública de Nova York. Ela tinha uma vida pacata na Filadélfia e parecia que continuaria assim em Nova York. Bom, seria se Sebastian Barnes não tivesse cruzado o seu caminho.
O livro segue a linha do sadomasoquismo, é estilo "cinqüenta tons de cinza". Embora esse não seja o tipo de literatura que me agrade, comprei o livro achando que era um romance mais "leve".

BELLE, Logan. A bibliotecária. Tradução de Ryta Vinagre. Rio de Janeiro: Record, 2013. 283p.


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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O tempo é um rio que corre - Lya Luft



Há muito tempo eu queria ler um livro da Lya, olha a intimidade, mas é que sempre "nos encontramos" na coluna Ponto de vista, na Revista Veja. Já tinha até pego um outro livro dela, mas não li.
Este é o tipo de livro que você devora, não consegui largar de ontem pra hoje. Uma leitura fascinante, como eu suspeitava que seria... Lya escreve sobre um assunto real, mas que algumas vezes não nos apercebemos da existência dele, o sr. Tempo, do seu início na vida das pessoas e do seu final, a morte.
Gostei muito quando vi que a autora trata a morte como algo natural, não teve o receio de tocar no assunto, afinal pra que ter medo da morte se uma hora ela vem mesmo?
Lya discorre sobre as fases da vida com muita leveza. Das birras e questionamentos quando criança, dos descobrimentos da juventude, até das incertezas da maturidade e da velhice, quando tudo é possível, mas ela não elege uma melhor época de vida, para cada uma, ela acredita, existe o momento certo para se viver e deve se aproveitar isso e não querer viver a juventude na maturidade, ou a adolescência na velhice, a cada época o seu tempo.
Algumas frases do livro:

  • "Pois às vezes eu me sinto ainda tão eu-mesma-de-sempre, em qualquer momento da vida sendo apenas eu..."
  • "Encaramos o tempo como um conjunto de gavetas compartimentadas nas quais somos jovens, maduros ou velhos - porém só em uma delas, a da juventude, com direito a alegrias e realizações. Pois a possibilidade de ter saúde, planos e ternura até os noventa anos é real, dentro das limitações de cada período."
  • "Chovia forte, o que sempre me dá uma sensação de aconchego e permanência." (Esta sensação eu também vivencio.)
  • "Importa que eu acredite mais  na vida do que na morte, mais na presença do que na ausência: é o melhor que posso fazer por esses que, sem os perder, perdi."
  • "Nada será banal."

A vida nunca é banal, temos de vivê-la, afinal não temos outra escolha...

LUFT, Lya. O tempo é um rio que corre. Rio de Janeiro: Record, 2014. 141p.

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Fim - Fernanda Torres


O livro narra a estória de vida e morte de 5 amigos/companheiros. Cada capítulo corresponde a momentos específicos de um personagem e sua visão íntima da vida, que se mistura a visão que os outros têm a seu respeito. As estórias são bem interessantes, mas me senti assistindo um filme brasileiro, com a enorme quantidade de palavrões vomitadas pelos personagens.
Fernanda descreve cada personagem mostrando o início da amizade, a vida de casado, a separação, a infidelidade, a permanência em um casamento morto, tudo isso em um enredo ora engraçado, ora triste, mas de uma realidade que se pode pensar em qualquer um desses personagens como pessoas reais.

TORRES, Fernanda. Fim. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. 203p.

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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O Arroz de Palma - Francisco Azevedo


Um livro simplesmente apaixonante, delicioso de ler... Delicioso como o mágico arroz... A leitura desse romance me fez recordar "Cem anos de solidão", do grande Gabo. Apresenta a estória de uma família em busca de melhorar de vida, no início da construção dessa família o arroz é agregado e por cem anos permanecerá no seio familiar, ajudando em momentos cruciais para o crescimento e fortalecimento da família.
"Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema." "Família é prato que emociona." "Família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de engolir." São frases como essas que compõem e tecem todo o enredo deste livro. Vamos vivenciando com Antônio, o personagem que desenvolve toda a estória, cada fase da vida dele e de sua família, o amor por tia Palma, que o criou junto com os pais dele, já que ela vivia com eles. Todos os ensinamentos de tia Palma fazem com que Antônio reviva cada momento da vida saboreando o viver, algumas vezes no real, outras no irreal. Coincidentemente este livro foi um presente de minha tia Keka, que como tia Palma nos ensina muito. 

AZEVEDO, Francisco. O arroz de Palma. 8. ed. Rio de Janeiro: Record, 2013. 361p.

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domingo, 4 de janeiro de 2015

A arte da procrastinação - John Perry


Comprei esse livro por me considerar uma procrastinadora, a minha ideia é que ele fosse um tipo autoajuda que me indicasse um caminho para mudar esse "meu jeitinho", ledo engano...
O John Perry é um filósofo procrastinador e ele, nesse livro, não condena a procrastinação, na realidade em quase todo o livro ele a exalta como uma boa forma de se viver.
O livro é interessante, tem humor, mas não espere que ele vá te ajudar a mudar, pois não vai, o próprio John diz que este não é o intuito do livro, no máximo você vai se aceitar como procrastinador e deixar de sofrer com as cobranças.
Como epígrafe do livro ele cita Mark Twain: "Nunca deixe para amanhã o que você pode fazer depois de amanhã." A partir daqui a decisão é toda sua de continuar ou não a leitura.
Mas como na leitura muito se aprende, separei uns termos e citações interessantes:

  • Akrasia - "o mistério de por que as pessoas preferem fazer algo diferente do que pensam ser o melhor para elas."
  • Procrastinador estruturado - "uma pessoa que faz muito ao não fazer outras coisas." Esse tipo é aquele que adia o que é mais importante, ou mais necessário para o momento e se "autoengana" realizando outras tarefas/atividades.
  • "Acho que o perfeccionismo leva à procrastinação."
No apêndice ele cita de Timothy Pychyl, que escreve sobre como se livrar da procrastinação, a seguinte expressão: "Minha personalidade fornece risco e resistência contra o fracasso da autorregulamentação", quando li me deu vontade de gritar: SOCORRO!!!!
Ele até tem um fechamento legal para o livro: "Acima de tudo, desfrute da vida". 

PERRY, John. A arte da procrastinação: como realizar tarefas deixando-as para depois. São Paulo: Paralela, 2014. 124p.

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